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sexta-feira, 10 de abril de 2015

Olhares [016]


Olho
como quem nasce docemente,
cercado por névoas que se consomem
à medida que as lemos devagar.

Olho
como um aprendiz, no seu espanto,
a primeira mulher que vê nua,
lembrando-se da imagem para sempre.

Olho
sem medo de ser acusado,
vazio da predição da maldade
até que o verbo dobre insinuante.

Olho
como um faminto do excesso,
para a força que em ti é sedutora
e vestida com uma formosura alucinante.


1 comentário:

Elaine Regina disse...

A mulher amada é sempre assim aos olhos do homem que a ama... rsrs... Não é mesmo? Poema lindo. Ganhaste uma admiradora, tenha a certeza disso. Seus escritos têm uma qualidade literária difícil de se ver na blogosfera.